Segunda Estação

O Sepulcro vazio

 

L Do evangelho segundo João (Jo 20,3-8)
Pedro saiu, então, com o outro discípulo e se dirigiram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Inclinando-se, viu os panos de linho por terra, mas não entrou. Chega, então, também Simão Pedro, que o seguia e entrou no sepulcro; vê os panos de linho por terra e o sudário que cobria a cabeça de Jesus. O sudário não estava com os panos de linho no chão, mas enrolado em um lugar, à parte. Então, entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: e viu e creu.

D É como se no sepulcro houvesse ocorrido uma explosão. Jesus não está: o sepulcro está vazio. Não é mais um lugar de morte: é uma porta aberta. Não é mais um lugar onde se fecha: é uma fresta aberta na espessura do tempo e da história. Também com os apóstolos, há como que uma explosão que faz voar em fragmentos aquilo que os impedia de compreender que Jesus era, na verdade, Deus que veio viver e morrer como um homem. Estão certos, a prova está sob seus olhos: não é necessário buscar entre os mortos aquele que está vivo. Ele despedaçou os lacres do sepulcro como se despedaçam as grades de uma cela. É possível encontrar encerrado num túmulo aquele que é mais forte que a própria morte?

D Senhor, abristes um caminho na história dos homens.

T Há uma fresta para ir à luz.

D Não podemos mais justificar a miséria, a violência, a exploração.

T Há uma fresta para ir à luz.

D Não podemos mais desperdiçar os talentos, dispersar, deturpar.

T Há uma fresta para ir à luz.